Insana procurada em Cursed City.
INSANAS.
No ultimo trimestre de 2010, após ter sido selecionada para a antologia “À Sombra do Corvo” recebi o convite mais inusitado e prazeroso que pudesse prever.
Graças a antologia de poesia sombria e posteriormente aos textos no blog Framboesas no Jardim, fui convidada ao lado de Suzy M. Hekamiah e Celly Borges para participar da antologia que viria a ser escrita apenas por mãos femininas: "Insanas... Elas Matam"
Mais do que a honra de ser uma das convidadas e estar entre escritoras como Georgette Silen, eu precisava, justamente, escrever um conto que estivesse à altura da proposta e do convite.
Deixei-me levar por imagens, fantasias, desejos, frases fortes (péssimo termo, mas fazer o que...) que pudessem colocar no papel algo realmente cruel, pois crueldade foi o ponto insano do qual resolvi tecer a trama. Se cheguei ao resultado desejado? Resta esperar a publicação e as críticas.
A proposta de M. D. Amado é de uma beleza fascinante e de um espírito inovador.
Tudo como sempre no Estronho muito bem cuidado e com muita alma.
E para conhecer um pouco o espírito do livro antes de seu lançamento, é muito legal conferir o book-trailer.
mais à frente...
CURSED CITY.
“Comece a rezar forasteiro. É melhor, eu avisei.
Ninguém sai dessa cidade, e normalmente, ninguém dorme também.
Ei, onde você pensa que vai? Ah sim, vai tentar fugir, bom, você deveria levar suas armas, mesmo que não lhe sirvam de nada.
Ah, então você não tem medo? Sei, sei. Chegou aqui hoje pela manhã? Uhu... Uhu...
Então essa noite você vai sentir medo, mais medo do que imaginou sentir na vida.
Sei, sei. Bom, de toda fo
rma, eu lhe avisei.
Talvez você devesse rezar. É... rezar. Não acredita em Deus? Ah, mas no diabo você vai acreditar, vai sim, principalmente depois dessa noite em Cursed City.”
Quando soube dessa outra antologia pela Editora Estronho, confesso que não me apeguei a ela. Nunca fui fã de filmes de Velho Oeste, ou derivados, esse ambiente me era um mundo longínquo apenas.
Por outro lado, como atriz preciso me adaptar e modificar e mudar e construir e destruir e construir novamente, e porque não como “escritora”? Assim, fui conduzida pelo desafio. E a construção desse conto foi isso. Me acordou durante a noite com idéias, me distraia durante meu horário de trabalho, me inspirava e me deixava insegura. Foi um longo tempo após sua conclusão em que todos os dias meus pensamentos eram: Serei ou não serei uma das procuradas em "Cursed City"?
Acontece que minha estadia nessa cidade foi incrivelmente divertida e recompensadora, tanto pelo trabalho final como por ter sido aprovada ao lado de tanta gente boa. Boa mesmo! Como uma pessoa que admiro muito, não apenas pela pessoa que é (mesmo que o conheça só um pouco) e pelo escritor que é, que em sua obra me arrancou os mais variados tipo de sensações e emoções, Alfer Medeiros, autor de Fúria Lupina.
Mais uma vez, só resta aguardar.
Confesso que despertaste minha curiosidade para ler as "Insanas".
ResponderExcluirGostei muito de seu texto "Amor pós-morte". O estilo prosa poética ficou muito bem trabalhado, como poucos conseguem fazer. Lembou-me muito do ritmo que Goethe escreveu alguns capítulos de "Fausto".
PS.: quando o Insanas estiver pronto, avise-me, se puder!
Sigam meu blog: adolphkliemann.blogspot.com
Adolph, muito obrigada pelo comentário e inacreditável elogio ao me colocar dentro na capacidade de poder, meu texto, fazer-te lembrar do maravilhoso Goethe, por quem tenho tanta admiração.
ResponderExcluirAvisarei sim do Insanas, e até lá, se quiser visite meu blog de textos:
http://framboesasnojardim.blogspot.com/